Na verdade, a necessidade de censo foi lembrado por várias delegações na última semana antes da 4ª Comissão, incluindo a Delegação da União Europeia. Este apelo dá o prosseguimento às preocupações expressas durante décadas por Marrocos sobre o censo das pessoas nos campos de Tindouf e sobre as dúvidas formuladas do verdadeiro número, bem como das consequências do não-censo e do desvio de ajuda humanitária.
É hora que o mundo saiba finalmente do verdadeiro número das populações em campos de Tindouf, instou o diplomata marroquino. Continuar a opor-se, significa esconder a realidade do número das pessoas, que é inferior a 30.000, acrescentou ele. Interrogando o país anfitrião, Argélia, que se ela contesta este nùmero, ela não tem que enfrentar o desafio de permitir ao HCR proceder ao registro e o recenseamento, única maneira de conhecer a verdade.
O embaixador, Hilale acrescentou que esta falta de registo facilitou o desvio em grande escala da ajuda humanitária destinada às populações dos campos de Tindouf, pelo facto da recusa do país acolhidor às obrigações legais. Acrescentando que isso constitui uma flagrante violação da Convenção de Genebra de 1951, bem como as resoluções do Conselho de Segurança desde 2011 e as recomendações do Secretário-Geral. trata-se de um caso único no mundo, precisou ele.
O diplomata marroquino indicou que essas pessoas são mesmo privadas de sua ajuda humanitária oferecida pela comunidade internacional, como foi confirmado pela reportagem investigativa HCR, PAM e Escritório de Luta Antifraude da União Europeia (OLAF). Ele precisou que estas três instituições confirmaram, por unanimidade, o desvio, de quatro décadas por parte dos líderes do Polisario e das autoridades argelinas, da ajuda humanitária destinada às populações dos campos.
O embaixador, Hilale observou que as recentes revelações confirmam ainda que a Argélia cobra o imposto IVA sobre os produtos da ajuda humanitária destinada à população carente dos campos de Tindouf. A pergunta é como um país, interrogou ele, pode dar ao luxo de realizar receitas fiscais substanciais à custa do sofrimento das populações sequestradas nesses campos?
O diplomata marroquino salientou que a situação das populações nos campos de Tindouf não se limita a isso: eles vivem sob o jugo de uma entidade não-estatal político-militar, a Polisario, ela gere os campos pela opressão e violações dos elementares direitos humanos.
Devido a falta de governação democrática, a liderança deste movimento não muda a não ser quando os membros morrem, tendo sublinhado, concluindo que, ainda mais, a escolha de aultos responsàveis da Polisârio não é certamente entre as mãos das populações do campo, mas sim foi imposta por Argel, como tem sido o caso para o sucessor de Mohamed Abdelaziz.
-Notícias sobre a questão do Saara Ocidental / Corcas